Entre as ofertas para reabastecer a adega neste inverno há mais importados do que nacionais

by José Maria Santana | 21/06/2017 14:14

Os dias frios chegaram e é um bom momento para reabastecer a adega. Os preços dos vinhos no Brasil estão nas alturas, mas muitas lojas e redes de supermercados estão com ofertas de tintos e brancos que ajudam a equilibrar as contas. Garimpando, a gente encontra coisa bastante razoável. Vamos dar alguns exemplos de rótulos entre R$ 20 e R$ 50.

Os vinhos no Pão de Açúcar

Na rede Pão de Açúcar, maior vendedor de vinhos do país, os tintos de entrada da linha Club des Sommeliers estão na faixa dos R$ 20 a R$ 32. O argentino Santa Julia Malbec sai por R$ 24,31. E o espanhol Torres Sangre de Toro Tempranillo é ofertado por R$ 33,25. Também há nacionais básicos, como o Salton Classic Merlot, a R$ 21,50.

Kanguru tem boa adega

Nos supermercados Mambo podem ser encontrados rótulos portugueses, italianos e chilenos na faixa de R$ 25. Outro bom local para comprar vinhos é o supermercado Kanguru, no Tatuapé, Zona Leste da cidade de São Paulo. Os argentinos da linha Benjamin Nieto Senetiner estão na casa dos R$ 30. O Callia Alta Malbec é vendido a R$ 40. Em um patamar acima estão os chilenos da Casa Silva Colección (Cabernet Sauvignon ou Carmenère) e o espanhol Artero, oferecidos a R$ 50.

A rede Záffari, originária do Rio Grande do Sul, também divulgou seu caderno de promoções. A lista traz, por exemplo, o norte-americano Fetzer para R$ 37, o espanhol Pata Negra Oro Tempranillo por R$ 44; e os argentinos Trivento Tribu, por R$ 34,90, e o bom Finca Flichman Caballero de la Cepa Reserva Cabernet Sauvignon, por R$ 44,80.

Záffari tem ofertas

Vendo as ofertas, nota-se que a maioria se refere a vinhos importados. É mais difícil encontrar tintos brasileiros a preços razoáveis. Abaixo de R$ 20 há apenas aqueles rótulos muito simples, quase sempre adocicados (suaves ou meio secos). O padrão só começa a melhorar acima dos R$ 32.

Assim, é complicado verificar que no caderno do Záffari o tinto alemão Michel Schneider Spätburgunder (Pinot Noir) Trocken, bastante simples, mas correto, é levado por R$ 28, enquanto na página seguinte os brasileiros mais em conta são o Salton Intenso, por R$ 32,90, o Aurora Reserva a R$ 39 e o Casa Perini Solidário, a R$ 39,80. O preço dos demais já pula de R$ 44,50 até R$ 99.

É caro diante das promoções de importados. Ou os supermercados não sabem negociar preços, ou as vinícolas nacionais não conseguem apresentar produtos mais competitivos. Como dizia o macaco Sócrates do humorístico Planeta dos Homens, da Rede Globo: “Não precisa explicar. Eu só queria entender!”

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