Argentina quer mostrar que, além de tintos e Malbec, também produz ótimos vinhos brancos

by José Maria Santana | 16/08/2019 18:02

Da esq. para dir., os enólogos Vigil, Bonami, del Pópolo, Zuccardi e Sejanovich

Quando se fala em vinhos da Argentina, a primeira coisa que vem à cabeça são tintos, especialmente os feitos com Malbec. Mas agora, um grupo de importantes produtores e enólogos quer mostrar ao consumidor brasileiro que o país apresenta igualmente brancos de grande qualidade. Este foi um dos principais temas do Argentina Tasting Experience 2019, organizado esta semana em São Paulo pela Wines of Argentina, que reúne os produtores locais.

O painel “A Revolução dos Brancos Argentinos” colocou em prova 15 rótulos espetaculares, entre eles monumentos como Catena Adrianna Vineyard White Bones 2015 e Zuccardi Fósil Chardonnay 2018. As informações sobre o que acontece de novo por lá na área dos brancos foram dadas por cinco dos mais conceituados enólogos argentinos em atividade: Alejandro Vigil (Catena Zapata e Bodega El Enemigo), Sebastián Zuccardi (Zuccardi Valle de Uco), David Bonomi (Norton), Alejandro Sejanovich (Manos Negras/Tinto Negro) e Edy Del Pópolo (Susana Balbo Wines).

Em outras duas palestras os enólogos apresentaram “O Mapa da Malbec” e “Novas Regiões e Novos Terroirs da Argentina”. As três exposições foram muito interessantes e ilustrativas sobre o melhor que se faz hoje entre nossos vizinhos. Mas pelo inusitado, importância dos vinhos e presença no mercado brasileiro, vamos destacar aqui o painel sobre os brancos que estão revolucionando a vinicultura argentina.

 

Brancos em números

O evento foi organizado por Wines of Argentina

Antes de mais nada, Alejandro Vigil lembrou que, embora poucos saibam, a Argentina tem uma história antiga em torno dos brancos. Segundo ele, os primeiros vinhos produzidos no país foram feitos com a uva Moscatel de Alexandria.

Hoje a distribuição dos números favorece os tintos. A Argentina tem a 7ª maior área plantada com vinhedos no mundo, 218 mil hectares (dados da OIV – 2019). De acordo com a Wines of Argentina, 57% são ocupados por variedades tintas, 24% por rosadas e 19%, por brancas.

Estas últimas perfazem 37.888 hectares, com destaque para as castas Torrontés (10,2 mil ha, ou 27% do segmento) e Chardonnay (6 mil ha – 15,9%). Embora em menor proporção, há cultivos importantes também de Sauvignon Blanc, Chenin, Viognier, Sémillon, Riesling e outras.

Nos últimos anos, os produtores de maior visão passaram a dar atenção aos vinhos brancos, mostrando que a Argentina não é só Malbec e tintos. Tentam recuperar o patrimônio dos vinhedos antigos de brancas, muitos deles cultivados com castas misturadas e buscam novos terroirs, especialmente de maior altitude, ou mais frios, como Las Carreras, Uspallata e San Pablo (zona de Mendoza); Humahuaca (Jujuy, no Norte); e Travelin (Chubut, na Patagônia, ao Sul).

Essas regiões apresentam condições especiais para o cultivo de cepas brancas, com solos calcários e microclimas desérticos ou com influência das brisas oceânicas.

 

Vale de Uco

Vale de Uco: altura e frio para uvas maduras

Um dos melhores exemplos são os vinhedos de altura no vale de Uco, sub-região montanhosa ao sul de Mendoza, junto à Cordilheira dos Andes, que se divide em três Departamentos – Tunuyan, Tupungato e San Carlos. Ao subirem as encostas, os vinhedos não sofrem o peso do calor e do clima seco predominantes nas áreas mendocinas mais baixas. Na área de Uco há muitos sub-vales com imenso potencial e em ascensão na viticultura argentina.

Seus solos aluviais bem drenados, cheios de rochas, pedras redondas, cal, areia e argila, formaram-se há milhares de anos pela ação das águas vindas das geleiras dos Andes ou pela força dos ventos. São menos férteis que a maioria, proporcionam naturalmente menor produtividade e oferecem uvas sadias e maduras.

Em Gualtallary, zona de Tupungato, a quase 1.500 m de altitude, onde todos diziam que seria impossível cultivar uvas, por causa do frio, Nicolás Catena mandou plantar em 1992 seu fantástico vinhedo Adrianna. Os técnicos da vinícola explicam que a grande quantidade de horas de sol e o grau de intensidade luminosa de Gualtallary favorecem o processo de fotossíntese e o adequado desenvolvimento de aromas e taninos, uma vez que o clima frio permite às plantas preservarem seus ácidos e manter o açúcar em equilíbrio. Ou seja, as uvas amadurecem plenamente, sem perder a acidez natural.

Solos aluviais, com pedras e boa drenagem

Os experientes winemakers Santiago Achával e Roberto Cipresso, ex-Achával Ferrer, desenvolvem novo projeto, Matervini, e encontraram boas condições para o cultivo de brancas em Las Chacayes, no Departamento de Tunuyán, que tem vinhas entre 1.100 e 1.300 m acima do nível do mar. Em San Pablo, outra zona bastante elevada, o jovem enólogo da Zuccardi Valle de Uco, Sebastián Zuccardi, tem garimpado maravilhosos tintos e brancos.

Nesta revolução vivida pelos vinhos brancos, o investimento em tecnologia de vinificação deve ser igualmente levado em conta. Para fermentar ou amadurecer seus vinhos, muitos enólogos agora utilizam ânforas, esferas, ovos de concreto ou barricas pressurizadas. Brancos estruturados são elaborados como tintos, com macerações longas – o estilo vinho laranja é uma tendência.

Há espaço para as fermentações carbônicas (cachos inteiros, em recipientes fechados); para a adoção do véu de flor, como o usado em Jerez (o véu é uma película esbranquiçada que se forma espontaneamente na superfície do vinho, pela ação de leveduras indígenas, e o protege da oxidação, proporcionando sua maturação biológica); e para as fermentações oxidativas.

 

A emblemática Torrontés

Torrontés, uva criolla, nativa da Argentina

No universo fora dos tintos, há ótimos vinhos feitos com Chardonnay, Sauvignon Blanc, Sémillon e outras variedades internacionais. Mas a Torrontés, embora seja casta controversa, com admiradores e desafetos, tornou-se a uva emblemática dos brancos argentinos, até pelo fato de ser encontrada unicamente no país.

Hoje se aceita que esta cepa nativa desenvolveu-se no Norte da Argentina e resultou do cruzamento de duas cultivares incorporadas ao longo do período colonial, a rosada Criolla Chica e a branca Moscatel de Alexandria, antes também chamada Uva d’Itália. Existe uma casta com o mesmo nome na Galícia espanhola, mas a criolla argentina nada tem a ver com ela.

No começo era confundida com outras uvas, misturadas no vinhedo, até que formou personalidade própria. O nome Torrontés apareceu pela primeira vez, em documentos escritos, na década de 1860. É uva generosa em produtividade e muitas vezes plantada em latada (ou parral, como se diz por lá), pois os cachos podem se queimar com o sol forte. Tem uma característica marcante: é perfumada, com aromas florais, que lembram rosa ou gerânio. Por isso, é frequente passar ao nariz a impressão de vinho doce, notando-se depois na boca ser seco e untuoso.

Mas não existe apenas uma Torrontés. Na Argentina há três variantes da casta, com diferenças entre si. A mais cultivada, e perfumada, é a Torrontés Riojana, típica do vale de Cafayate, na província de Salta, Noroeste do país. Há ainda a Torrontés Mendocina e a Sanjuanina.

No passado os brancos elaborados com a casta costumavam ser simples, muito perfumados, com algum amargor final – as vinícolas tradicionais até deixavam açúcar residual, para disfarçar isso. Segundo os enólogos que participaram do  Argentina Tasting Experience em São Paulo, várias mudanças no estilo dos vinhos começaram em 2000.

As casas passaram a pesquisar zonas mais interessantes para a produção, avaliando as melhores práticas de vinificação para cada uma delas. Modernizaram o estilo, com a seleção de novos materiais. Trabalharam para reduzir, ou eliminar, o amargor característico. Enfim, os Torrontés da nova geração, com baixos rendimentos no campo e vinificados com cuidado, alcançam qualidade elevada. Podem ser varietais ou fazer parte de um blend de brancas.

 

Chardonnay e outras

No caso da Chardonnay, a segunda branca mais plantada, o estilo também vem evoluindo nos últimos anos. Antes as vinícolas argentinas apresentavam vinhos mais pesados, com muita madeira. Hoje há bons exemplares com fruta, estrutura e grande frescor. Mendoza concentra 83% da Chardonnay do país, vindo a seguir San Juan (12%), sendo o restante principalmente de La Rioja (Norte) e da Patagônia (Sul).

Uma das primeiras casas a trabalhar a Chardonnay de modo mais moderno foi a Chandon, para produzir espumantes. Hoje vários nomes se destacam, especialmente no vale de Uco.

Outras castas que começam a aparecer bem no país são Sauvignon Blanc e Sémillon – no caso desta última, especialmente com o resgate de vinhedos antigos, que dão vinhos com potencial de guarda. Riesling, Gewürztraminer, Viognier, Roussane e Marsanne têm produção pequena, mas também já dão brancos interessantes.

 

Os vinhos

Os 15 brancos apresentados na prova

No Argentina Tasting Experience 2019 foram provados 15 brancos, todos de excelente nível, de origem e estilos variados. A saber: Norton Perdriel Sauvignon Blanc 2018, Bodega Norton; Zaha Semillon 2018, Bodega Teho; Riccitelli Old Vines From Patagonia Semillón 2018, Matias Riccitelli Wines; El Enemigo Semillon 2017, El Enemigo Wines; Luigi Bosca Riesling Las Compuertas 2018, Luigi Bosca Familia Arizu; Rutini Gewurztraminer 2018, Rutini Wines; Susana Balbo Barrel Fermented Torrontés 2018, Susana Balbo Wines; Amalaya Torrontés Riesling 2018, Bodega Amalaya (Grupo Colomé); Matervini Blanco 2017, Matervini; Norton Altura White Blend 2018, Bodega Norton; Susana Balbo White Blend 2018, Susana Balbo Wines; Zuccardi Fósil Chardonnay 2018, Zuccardi Valle de Uco; Vivo o Muerto Chardonnay Las Pareditas 2017, Bodega Buscado Vivo o Muerto; Zuccardi Q Chardonnay 2016, Zuccardi Valle de Uco; e Adrianna Vineyards White Bones 2015, Catena Zapata.

Avaliamos aqui cinco deles, com uvas e estilos diferentes, para dar uma ideia dos novos brancos que pretendem colocar a Argentina no mesmo patamar de qualidade já alcançado pelos tintos.

 

Susana Balbo Signature Barrel Fermented Torrontés 2018

Susana Balbo Wines – San Juan – Argentina – Cantu – R$ 240 – Nota 92

Com a Torrontés há sempre uma espécie de ame-a ou deixe-a. É uma uva bastante perfumada, aromática, de grande produtividade, que de modo geral dá vinhos delicados e joviais. A mais conhecida é a Torrontés riojana, de Salta, no Noroeste argentino, mas há atualmente boa produção também em San Juan e em Mendoza, de onde vem este branco barricado da respeitada enóloga Susana Balbo. Ela conhece bem a casta, pois começou a carreira de enóloga em Salta. Aqui, as uvas nascem na Finca La Delfina, situada em Altamira, zona de San Carlos, no vale de Uco, Mendoza, a 1.150 m de altitude. Susana promove uma ousadia, pois não é habitual fermentar a Torrontés em carvalho – na maioria dos casos os vinhos feitos com esta variedade nem passam por madeira. A fermentação leva de 3 a 4 meses em barricas francesas novas, em contato com as borras. Dá um branco mais complexo e estruturado, com elegantes notas florais e de mel, junto com toques cítricos, de lima, e de fruta evoluída. Na boca, destaque para a estrutura, o volume e para a acidez gostosa, que mantém o frescor, sem perder o equilíbrio (13,3%).

 

Matervini Blanco 2017

Bodega Matervini – Mendoza – Argentina – Nota 92

A vinícola Mastervini é o novo projeto a que se dedica o winemaker Santiago Achával, depois de vender a admirada Achával Ferrer ao grupo internacional SPI. Nesta empreitada, Santiago é sócio do italiano Roberto Cipresso, enólogo de peso, parceiro na antiga bodega. Primeiro, eles exploraram terroirs já conhecidos do vale de Uco. Depois, decidiram ir mais fundo, em busca de novos desafios nos vales de Canota e em El Challao, ambos na própria Mendoza; e nas inóspitas terras do norte do país, os vales Calchaquíes e em Yacochoa. Deram bastante atenção à Malbec, que já era o foco da Achával Ferrer, mas buscaram também novidades entre as uvas brancas, como neste vinho de 2017, corte de 60% Marsanne, 30% Viognier e 10% Roussane, as três variedades frequentes no Rhône francês. O Matervini Blanco vem de Los Chacayes, zona alta do vale de Uco, no Departamento de Tunuyán. Os solos são aluviais, rochosos e pouco férteis e o clima, sem ser de extremos, tem grande amplitude térmica. No caso do branco, o suco permanece por cinco dias em contato com as cascas, quase como um tinto, e depois as três uvas, colhidas bem maduras, são cofermentadas, isto é, fermentadas juntas, no mesmo recipiente, para realçar os componentes. A seguir, amadurece por 11 meses em barricas usadas de carvalho francês. Resulta um vinho de grande estrutura, que mostra nos aromas notas amendoadas, de frutas brancas e algo mineral. Levemente oxidativo, com uma acidez correta, é envolvente na boca, em um estilo clássico, de brancos maduros (14,1%). Sem importador no Brasil.

 

Norton Altura White Blend 2016

Bodega Norton – Mendoza – Argentina – Winebrands – Nota 93

A centenária bodega Norton, fundada em 1895, foi comprada em 1989 pelo empresário austríaco Gernot Langes Swarovski, dono da famosa empresa de cristais que leva seu nome de família. Sob o comando de Michael Halstrick, filho de Gernot, é hoje uma das maiores vinícolas argentinas. Produz 24 milhões de garrafas por ano. Tem rótulos de apelo comercial, mas também preciosidades, como este blend da série Altura, que inclui rótulos vindos majoritariamente de vinhas situadas nas altas encostas do Vale de Uco. Na composição há 50% Sauvignon Blanc, 30% Sémillon e 20% de Grünner Veltliner. A presença desta última, casta bastante comum nos vinhedos austríacos e pouco usual na Argentina, foi plantada por inspiração de Halstrick, nascido na Alemanha e criado na Áustria. Norton tem 10 hectares da cepa em Agrelo, Luján de Cuyo. A mescla foi muito bem trabalhada pelo jovem enólogo David Bonomi, que fez a fermentação em barricas e ovos de concreto. É um branco aromático, expressivo e com ótima acidez. Traz nos aromas cítricos, algo de casca de laranja, com notas florais e um toque herbáceo, de tomate. Bastante seco, amplo, fino, vibrante, mostra sempre equilíbrio e grande frescor final (12,8%). Altura é linha nova da Norton e ainda não consta do catálogo da importadora Winebrands.

 

Zuccardi Fósil Chardonnay 2017

Zuccardi Valle de Uco – Mendoza – Argentina – Grand Cru – R$ 599 – Nota 94

O jovem enólogo Sebastián Zuccardi honra a tradição iniciada por seu avô, Alberto, e pelo pai, o simpático José Alberto Zuccardi. Sebastián é um dos mais talentosos da nova geração de profissionais argentinos e tem se dedicado especialmente a estudar e descobrir as particularidades do Vale de Uco, onde os vinhedos se beneficiam do clima frio, seco e da grande amplitude térmica. De lá tem retirado joias, como os tintos Finca Piedra Infinita. O branco Fósil não fica atrás. Chardonnay 100%, vem de uvas plantadas na Finca San Pablo, situada em condições extremas de altitude, a 1.400 m acima do nível do mar, com solos de origem aluvial, franco-arenosos, cheio de pedras cobertas por carbonato de cálcio. O vinho fermentou em tanques de concreto, com leveduras indígenas, e foi afinado também em ovo de concreto, em contato com as borras, sem passagem por madeira. Simples e direto. Muito mineral, lembra ao nariz maçã, damasco e especiarias, com notas de flores. Grandioso na boca, pela estrutura e complexidade, apresenta força e equilíbrio, acidez vibrante. Um vinho notável (13%).

 

Catena Adrianna Vineyard White Bones 2015

Catena Zapata – Mendoza – Argentina – Mistral – R$ 647,40 – Nota 95

O visionário Nicolás Catena foi dos primeiros a incentivar as pesquisas em torno da influência da altura dos vinhedos para a lenta e completa maturação dos cachos. Encontrou o que procurava em Gualtallary, zona de Tupungato, no Vale de Uco, lugar frio e árido, a 1.450 m acima do nível do mar. Ninguém pensava que seria possível cultivar uvas ali, mas Catena insistiu e mandou plantar o vinhedo Adrianna, nome de sua filha caçula. Contra a expectativa geral, a equipe conseguiu excelentes resultados com as tintas Cabernet Sauvignon e Malbec e com a branca Chardonnay, esta mais adequada aos climas frios. A origem geológica do terreno remonta a 50 milhões de anos, quando atividades vulcânicas e terremotos resultaram na formação da Cordilheira dos Andes. Os seixos rolados presentes no subsolo do vinhedo são oriundos de rochas vulcânicas, cobertas por restos de fósseis marinhos. No período glacial seguinte, ao se derreterem os glaciares transportaram consigo outras rochas e pedras que ficaram depositadas no subsolo vulcânico. Isso explica a excelente drenagem do terreno, que não retém água mesmo com chuva forte. Os episódios geológicos também moldaram a grande heterogeneidade das camadas superficiais do vinhedo, ricas em carbonato de cálcio (calcário) e seixos. Análises intensas feitas durante mais de 10 anos ajudaram a mapear todas as características da vinha e entender cada um de seus quartéis. Entre eles há uma pequena parcela especial, de 2,2 hectares, chamada de White Bonnes, onde nasce o magnífico branco indicado acima. O nome, em espanhol Ossos Brancos, faz referência à composição do solo desta área específica do vinhedo, aluvial, pedregoso e marcado pelo branco deixado pelo calcário de restos fósseis de animais depositados sobre o leito de um antigo rio seco que cortava a região. O vinho assinado pelo enólogo Alejandro Vigil é fermentado em barricas de carvalho francês, com presença do véu de flor, que lhe dá estrutura e cremosidade. Depois passa mais de 12 a 16 meses na madeira, com sistema de bâttonage para revolver as borras e ganhar complexidade. É uma força da natureza, com muita estrutura e equilíbrio. Mineral, salino, também traz ao nariz notas de cânfora, balsâmicas e de anis, em fundo de cítricos e maçã. Na boca mantém a mineralidade, tem uma acidez importante, que faz saltar os sabores, tudo com harmonia e elegância. É com certeza um dos melhores brancos produzidos no Novo Mundo, fazendo frente aos grandes da Europa (13%).

 

 

 

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