Chenin Blanc da África do Sul é novidade da Mistral

Chenin Blanc da África do Sul é novidade da Mistral

A vinha em Swartland

A África do Sul é conhecida por seus tintos, especialmente a partir de Syrah, Cabernet Sauvignon e da uva local Pinotage. Mas curiosamente, a maior parte de seus vinhedos é plantada com castas brancas, em que se destacam Chenin Blanc e Sauvignon Blanc. Para quem quiser conhecer mais os brancos sul-africanos, a importadora Mistral está apresentando o novo Vinologist Chenin Blanc 2019, produzido pela vinícola Boekenhoutskloof.

A sede da empresa fica em Franschhoek, um dos distritos da região Litoral (Coast) do Cabo Ocidental (Western Cape). Já o branco vem de Swartland, outro distrito da zona Litoral. Como se sabe, Western Cape é a principal área vinícola sul-africana, próxima da bela Cidade do Cabo, no extremo sul do país.  Swartland está cerca de 40 km ao norte da Cidade do Cabo, junto ao Oceano Atlântico.

Chenin Blanc: ótima acidez

A Chenin Blanc é originária do vale do Loire, na França, predominando nas áreas de Anjou e Touraine, onde o clima é bastante fresco. Uma de suas características é a boa acidez, que pode ser um problema nos anos em que a uva não amadurece bem. Na região sul-africana do Cabo, o clima mais quente, temperado pelas brisas constantes vindas do Atlântico, favorece sua maturação, sem reduzir a gostosa acidez.

Historicamente, as castas brancas predominam nos vinhedos do país. Até o final da década de 1990, representavam 80% do encepamento. Nos últimos anos, as tintas ganharam espaço. Mesmo assim, segundo as estatísticas da Wines of South Africa, as cepas brancas representam 55,3% do total, contra 44,7% das tintas (dados de 2018).

A mais plantada

Neste quadro, a Chenin Blanc, também conhecida no país como Steen, ocupa o primeiro lugar. É a casta mais cultivada na África do Sul, com 18,5% de tudo o que é ali plantado (a seguir vêm a Colombard, outra branca, e a Cabernet Sauvignon, ambas na faixa de 11%).

A Chenin Blanc é a uva dominante também em Swartland. No passado, esta região agrícola, fornecedora de grãos, era conhecida por vinhos baratos, de apelo popular. A situação mudou nos últimos tempos, com investimentos feitos por várias vinícolas para melhorar a vinha e a tecnologia das adegas. Uma delas é a Boekenhoutskloof. Ali o grupo comprou em 2009 a propriedade Porseleinberg e, em 2014, a Goldmine. Em Swartland a empresa produz a série Vinologist, que oferece tintos e brancos, e ainda o tinto top Porseleinberg Syrah. Em Franschhoek, é conhecida por rótulos como Porcupine e The Chocolate Block.

 

Vinologist Chenin Blanc 2019

Vinologist/Boekenhoutskloof – Swartland, Western Cape – África do Sul – Mistral – R$ 155,25 – Nota 90

Branco estruturado, bastante seco, marcado pelos aromas cítricos. É 100% Chenin Blanc. Descomplicado, teve mínima intervenção na adega, buscando refletir o potencial de Swartland. Lembra ao nariz limão, com notas de melão, ervas e toques minerais. Amplo, com bom volume, tem acidez vibrante e grande frescor. A fruta cítrica vai até o final de boca. Versátil, bom para comida. Um vinho sem pretensões, alegre até no rótulo, e bem feito (12,5%).

 

Mistral – São Paulo SP – www.mistral.com.br

 



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