Piccini, da Toscana, em boa fase

A Piccini é uma casa bastante tradicional da Toscana, na Itália. Criada em 1882 com apenas 7 hectares, produzia Chiantis vendidos nos antigos fiascos de palha. Hoje, comandada pela quarta geração da família Piccini, é a segunda maior vinícola toscana (atrás apenas da Antinori). Tem mais de 400 hectares de terras em quatro propriedades na Toscana e Basilicata, e produz 20 milhões de garrafas por ano. Para falar de seus vinhos, a assistente de vendas Deborah Provenzani esteve esta semana em São Paulo, em visita organizada pela importadora Vinci, de Ciro Lilla. Em um momento particularmente bom, a empresa oferece Chiantis e outros vinhos bem feitos, com fruta agradável, fáceis de beber, alguns a preços bastante acessíveis.

Fattoria di Valiano, na zona do Chianti Clássico
A maior propriedade é a Fattoria di Valiano, em Castelnuovo Berardenga, na zona do Chianti Clássico, com 230 hectares, dos quais 70 ha. ocupados por vinhas. A Tenuta Moraia, na Maremma, perto do mar, tem 170 hectares de terreno, com 60 ha. plantados. A bela Villa al Cortile, também na Toscana, se situa na região do Brunello di Montalcino, com 12 hectares de vinhedos. Na Basilicata, sul da Itália, a família possui mais 15 hectares na azienda Regio Cantina, com predominância da interessante uva tinta Aglianico del Vulture.

A bela Villa al Cortile, em Montalcino
Na prova realizada pela Vinci, vários vinhos se destacaram. Entre eles, o Collezione Bunello di Montalcino 2010 (rico de aromas, concentrado, equilibrado, longo – R$ 370 – Nota 92/100); o Donpà Aglianico del Vulture 2010, da Basilicata (um tinto diferenciado, com nariz que lembra eucalipto, flores e cereja, estruturado e fácil de tomar – R$ 156 – Nota 90). Mas a melhor surpresa ficou por conta de um branco e um tinto que vale a pena detalhar.
Vito Chardonnay 2015
Piccini – Toscana – Itália – Vinci – R$ 49,20 – Nota 89
Branco da Toscana seco e delicado, com aromas em que aparecem cítricos, notas de damasco, florais, de erva-doce. Tem boa estrutura, com tudo no lugar, ótima acidez e frescor. Pode ser bebido sozinho, em dias quentes, e vai bem com peixe grelhado e pratos leves (12,5%).
Piccini Chianti Riserva 2012
Piccini – Toscana – Itália – Vinci – R$ 95,30 – Nota 90
Um tinto elegante, aveludado, 100% Sangiovese, afinado por 12 meses em barricas de carvalho. Traz ao nariz notas de especiarias e tabaco, em base frutada, a cassis e cereja. De corpo médio, mostra boa estrutura, taninos finos, equilíbrio. A acidez e o frescor o fazem boa companhia para comida, especialmente massas com molho vermelho (13%).
Related Articles
Nicolás Catena, sempre revolucionário, recebe homenagem pelos 25 anos de presença no Brasil
Os vinhos argentinos estão tão presentes em nosso mercado que a gente pensa que foi sempre assim. Na verdade, as
Wine Sommelier e Casa Scalecci trazem bons vinhos do Velho Mundo
Duas novas importadoras de vinho apresentaram seu catálogo no final do ano passado, ambas com rótulos do Velho Mundo. Uma
Chile, campeão de vendas no Brasil, tenta agora emplacar mais vinhos premium
O Chile, maior fornecedor de vinhos importados para o Brasil, despeja aqui todos os anos milhares de litros de tintos