Italianos e franceses entre as boas novidades da Zahil
A importadora Zahil apresentou na semana passada em São Paulo as novidades de seu catálogo. Na lista há safras recentes de marcas já conhecidas e rótulos que aparecem pela primeira vez no portfólio. Seguindo a política anunciada no final do ano passado pelos irmãos Antoine e Serge Zahil, a empresa tem buscado nas principais regiões produtoras tintos e brancos de boa qualidade e cujos preços não assustem. É o caso de rótulos da vinícola italiana Uggiano, da Toscana, que custam menos que R$ 80.
Há excelentes Borgonhas brancos (a preços de Borgonha!), como o Mercurey Les Grillots Blanc 2015, do Domaine Jacqueson (R$ 411). Mas também há ótimos vinhos desta mesma região francesa com preços mais acessíveis (para esta denominação), a exemplo do Domaine de Rochebin Chardonnay 2015 (R$ 138). Avaliamos alguns desses vinhos que se destacaram na prova.
Uggiano Prestige Chianti DOCG 2016
Uggiano – Toscana – Itália – Zahil – R$ 74 – Nota 90
Ótimo Chianti para esta faixa de preço. Um tinto produzido com 90% Sangiovese e 10% Canaiolo, sem passagem por madeira, em corpo médio e bom frescor. Traz ao nariz cereja e especiarias. Na boca mostra muito boa acidez e taninos firmes, presentes, que o tempo está amaciando. Pode acompanhar massas com molho vermelho, pizza ou salames e outros embutidos (12,5%).
Uggiano Prestige Vermentino di Toscana IGT 2016
Uggiano – Toscana – Itália – Zahil – R$ 79 – Nota 90
A Vermentino é uma uva branca italiana perfumada e com boa acidez. Comum na Córsega e na Sardenha, ganha espaço também em outras regiões do país. Dá vinhos brancos bastante vivos, como este agradável Uggiano. Os aromas lembram mel, pera, cítricos e pêssego, com um toque floral. Seco, untuoso, tem acidez vibrante, mas é redondo no meio de boca. Vai bem com antepastos, frutos do mar e peixes grelhados (13%).
Domaine de Rochebin Chardonnay 2015
Domaine de Rochebin – Borgonha – França – Zahil – R$ 138 – Nota 90
A propriedade se localiza em Azé, no coração do Mâconnais, com 50 hectares de vinhedos. Existe desde 1921, mas apenas nos anos 1970 passou a dedicar-se exclusivamente à viticultura. Pertence à família de Jean-Pierre Marillier e hoje é comandada com a ajuda de filho Mickaël e de um novo sócio, Laurent Chardigny. Na vinha, são adotados os princípios da agricultura sustentável, que busca proteger o meio ambiente. Seu Chardonnay, básico, é delicado, com estrutura, acidez viva e gostosa mineralidade. Nos aromas também aparecem cítricos, maçã e algo de flores brancas. O final é persistente, com bom frescor. Um branco macio, equilibrado, que se bebe com prazer (12,5%).
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