Lançamentos da Mistral trazem bons vinhos em várias faixas de preço

Jumilla e Montsant, na Espanha; Vêneto e Toscana, na Itália; Douro, Alentejo e Ilha da Madeira, em Portugal; Borgonha e Languedoc-Roussillon, na França; Austrália; Chile; e Mendoza, na Argentina. O catálogo da Mistral, que já é grande, ficou um pouco maior com novas incorporações feitas nos últimos meses. São brancos, tintos e rosés de diversos países produtores, tornando mais completa a oferta de vinhos feita pela importadora de Ciro Lilla a seus consumidores.
Há bons rótulos em todas as faixas de preços, desde um branco espanhol por R$ 52,50, ao novo tinto da chilena Lapostolle, por R$ 126,30, até o monumental italiano Tassinaia 2014, um supertoscano que custa R$ 396,30. Este último, produzido pela vinícola Castello del Terriccio, uma das estrelas da Maremma, merece a fama que tem. Da lista de novidades da Mistral vamos destacar alguns vinhos de preço mais acessível.
Alaja Blanco 2016
Bodegas Luzón – Jumilla – Espanha – Mistral – R$ 52,50 – Nota 88
A vinícola surgiu em 1916, mas pode se considerar 2005 como ano de uma nova etapa de vida, pois passou por grande renovação depois que o Grupo Fuertes assumiu o controle da empresa. Neste branco, o respeitado enólogo Joaquín Gálvez Bauzá utiliza apenas a Airén, uva menos conhecida por aqui, embora seja a casta mais plantada na Espanha e no mundo. Um vinho leve, aromático, com notas florais, em fundo cítrico e de frutas tropicais. Na boca é fresco, fácil, sem complicações (12%).
Mathilda Grenache Rosé 2016
Domaine Tournon/M. Chapoutier – Victoria – Austrália – Mistral – R$ 115,45 – Nota 90
Referência no Rhône francês, a família Chapoutier iniciou em 1997 novo projeto na Austrália, apostando que lá se desenvolveriam muito bem as uvas típicas de sua terra natal, como Syrah e Grenache. Foi uma decisão acertada, como se vê neste rosé, elaborado no estilo dos vinhos da Provence. Com aromas de morango, romã e algo mineral, mostra boa acidez e frescor. A cor salmão claro, casca de cebola, pode dar a impressão de um vinho leve, diluído. Ao contrário, é bem estruturado, seco, equilibrado, macio e com boa presença na boca (12,5%).
Lapostolle Red Blend 2013
Lapostolle Wines – Colchagua – Chile – Mistral – R$ 126,30 – Nota 90
A vinícola foi criada em 1994 pelo casal francês Alexandra Marnier Lapostolle (da família dona do célebre licor Grand Marnier) e Cyril de Bournet, que conheceu o chile e se apaixonou pelo país, comprando terras inicialmente no vale de Apalta. Desde o início, eles contam com a assessoria do célebre enólogo francês Michel Rolland. A família possui hoje 370 hectares de vinhedos nos vales de Casablanca, Cachapoal e Colchagua – onde fica Apalta, no qual suas vinhas têm manejo certificado orgânico e biodinâmico. A casa tem foco na qualidade e por isso, apesar da extensão de terrenos, não pretende atingir grandes quantidades – produz 200 mil caixas por ano. Oferece joias como Clos Apalta, Borobo, Le Petit Clos, a série Collection varietais e a linha Cuvée Alexandre. Do mesmo berço surgiu o Red Blend. A receita tem mudado a cada ano, mas no tinto de 2013 foi de 28% Syrah, 23% Carmenère, 22% Merlot, 25% Cabernet Sauvignon e 2% Cabernet Franc. Amadureceu por 12 meses em barricas de carvalho francês (23% novas). Bem estruturado, firme, lembra nos aromas frutas como ameixa e amora, com notas de chocolate, tabaco e especiarias. Na boca é amplo, sem excessos que incomodam e com bom frescor final (14,5%).
Poblets Del Montsant Tinto 2014
Vinyes Compt – Montsant – Espanha – Mistral – R$ 180,60 – Nota 92
Primeiro, Christopher Cannan, fundador da empresa de exportação de vinhos Europvin, com sede em Bordeaux, e sua mulher Charlotte descobriram o Priorato. Estimulados pelos pioneiros Álvaro Palacios e René Barbier, estabeleceram ali em 1997 a vinícola Clos Figueiras, logo um sucesso. Agora, desenvolvem Vinyes Compte, seu novo projeto em Montsant, região catalã vizinha ao Priorato. O Poblets tinto expressa bem o potencial das uvas locais. Tem predomínio de Garnacha (80%), temperada por Samsó, como a Cariñena é chamada na Catalunha (15%), e Syrah (5%), com repouso por sete meses em barricas novas de carvalho. Macio, marcado por fruta madura e frescor, é estruturado, untuoso, equilibrado e elegante (14%).
Related Articles
JM da Fonseca preserva a tradição das ânforas de barro no Alentejo
José de Sousa é uma referência em vinhos no Alentejo, no sudeste de Portugal. Seus tintos são estruturados, volumosos, mas
Caravana dos Vinhos do Tejo passa mais uma vez por São Paulo
Para tornar seus vinhos mais conhecidos, a região do Tejo, ao norte de Lisboa, no centro de Portugal (antiga Ribatejo),
Decanter Day 2019 traz joias do Velho Mundo
A importadora Decanter, de Adolar Hermann, realizou na semana passada em São Paulo mais uma edição do seu concorrido Decanter